O Congresso amanheceu esvaziado nessa quarta-feira (12). No Senado, tinha sessão prevista para começar às 10h30, mas ela foi cancelada. Dos 81 senadores, apenas 15 registraram presença.
Na Câmara teve sessão, mas o presidente Rodrigo Maia, do Democratas, citado na lista, é que não apareceu, viajou cedo para o Rio de Janeiro.
Com poucos deputados no plenário, alguns comentaram a lista, criticaram o vazamento e cobraram a necessidade de se mudar o modo de fazer política.
Baixo quórum, poucos deputados, nenhum projeto importante andou e há, pelo menos, três considerados prioritários para o governo na Câmara.
Carlos Marun, do PMDB, presidente da Comissão Especial que analisa a Reforma da Previdência, disse que a divulgação da lista não vai mudar nada e que o relator, o deputado Arthur Maia, do PPS, citado na lista, vai apresentar o relatório dele no próximo dia 18: “Nós não temos o direito de fazer com que isso emperre o andamento de coisas que temos que realizar. As reformas são necessidades, então eu mantenho o calendário proposto”.
A comissão que analisa a Reforma Trabalhista teve quórum na manhã desta quarta-feira (12) e o relatório foi apresentado. Já o projeto que permite a renegociação da dívida dos estados, que precisa ser analisado e votado no plenário da Câmara, parou. Na terça-feira (11), ele começou, mais uma vez, a ser discutido, mas quando a lista vazou à tarde, os deputados pararam para conferir os nomes e esvaziaram o plenário. Logo depois, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, encerrou a sessão e remarcou a votação para a semana que vem.
Apenas o senador Ciro Nogueira, do PP, não se manifestou. Os outros negam as acusações e ressaltam que as investigações vão esclarecer os fatos. Todos os deputados também negam envolvimento nos atos ilícitos citados nas delações.