Os 3.500 trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos deflagraram uma greve por tempo indeterminado. No estado, cerca de um milhão de objetos são entregues diariamente, segundo a instituição. A triagem recebe, em média, duas toneladas de correspondências, conforme o sindicato da categoria.
A greve faz parte de um movimento nacional. Ela foi iniciada na noite de quarta-feira (26), durante assembleia na área central do Recife. Cerca de 250 pessoas participaram da reunião.
Entre as reivindicações da categoria em Pernambuco estão melhores condições de trabalho diante dos constantes assaltos a agências. Os trabalhadores também alertam para a possível privatização da empresa. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Sintect-PE), a instituição tem bons resultados financeiros desde 1996 e, por isso, o déficit não pode ser usado como alegação para privatizar o setor
O movimento grevista também é contra a cobrança de mensalidades no plano de saúde da empresa, o Postal Saúde, que inviabilizaria o acesso de muitos trabalhadores à assistência. Os trabalhadores também se posicionam contra o cancelamento das férias de toda categoria e fechamento de agências.
De acordo com o diretor de Imprensa do sindicato da categoria, Eliomar Macaxeira, a entidade realizará atividades nos postos de trabalho ao longo desta quinta-feira (27). “No último movimento, tivemos adesão de 50% da categoria. Agora, esperamos um aumento na participação dos funcionários”, declarou.
A assessoria de comunicação dos Correios em Pernambuco informou, por telefone, que vai avaliar a adesão ao movimento ao longo do dia.