Por causa do aumento da circulação de vírus respiratórios no país, a vacinação contra a gripe será antecipada em 2024, tendo início no dia 25 de março. A estimativa é de que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas durante a campanha que, tradicionalmente, acontece entre os meses de abril e maio.
A entrega antecipada das vacinas, que estão previstas para serem distribuídas a partir do dia 20 para as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, foi negociada pelo Ministério da Saúde.
Em 2023, atendendo às particularidades da região Norte, o governo federal mudou a estratégia da campanha para o local, já tendo imunizado a população entre novembro e dezembro do ano passado. Assim, neste ano, a vacinação contra a influenza na região acontecerá apenas no segundo semestre.
De acordo com Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, a imunização previne contra os vírus que geralmente começam a circular em maio, junho e julho, mas, desde o ano passado, foi observada uma antecipação de circulação de vírus respiratórios em geral.
“Então, esse ano nós vamos antecipar a campanha para proteger a população, principalmente os idosos, as gestantes, os profissionais de saúde, da educação e todas as pessoas que são elegíveis, para que a gente possa estar com a população protegida antes do inverno”, explicou.
A vacina influenza é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil, e pode ser administrada na mesma ocasião de outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.
Quem pode se vacinar
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
- Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
- Trabalhadores da Saúde;
- Gestantes;
- Puérperas;
- Professores dos ensinos básico e superior;
- Povos indígenas;
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Pessoas em situação de rua;
- Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
- Profissionais das Forças Armadas;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
- Pessoas com deficiência permanente;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez deverão tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias.