“Se quiserem, me derrubem”, desafia Michel Temer em entrevista a jornal

Embora não deva realizar encontros institucionais fora da agenda como presidente da República, Michel Temer (PMDB) tem o “hábito” de receber visitas em horários alternativos, sem registrá-las na sua agenda oficial . Isso é o que o presidente assumiu em entrevista publicada nesta segunda-feira (22) pelo jornal Folha de S.Paulo .

E foi em um tal encontro fora da agenda, que Michel Temer teve a polêmica conversa – gravada pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, e utilizada em delação premiada – que tem sido responsável pela maior crise já enfrentada pelo seu governo.

Com isso, o peemedebista assumiu ter ao menos uma culpa no caso que investiga o seu relacionamento com os irmãos Batista e sua influência e anuência em relação a crimes relacionados a eles: a ingenuidade.

“Ingenuidade. Fui ingênuo ao receber uma pessoa naquele momento”, respondeu Temer ao ser indagado da culpa que tem.

Reforçando tal ingenuidade, disse ainda que não sabia que o empresário estava sendo investigado, no momento da visita. “Eu nem sabia que ele estava sendo investigado. Em primeiro momento, não. Ele disse, na fala comigo, que as pessoas estavam tentando apanhá-lo, investigá-lo”, explicou.

Apesar disso, o presidente mais uma vez ressaltou, na entrevista, que não pretende renunciar. Afinal, isso seria uma admissão de culpa nos crimes em que é agora investigado. “Se quiserem, me derrubem”, desafiou.

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