A pesquisa que indicou uma rejeição de 74% à administração do governador Paulo Câmara (PSB), provocou reações na oposição e situação. Intitulado Demandas de Pernambuco, o levantamento foi realizado pelo Instituto de Pesquisa Uninassau, em parceria com o Jornal do Commercio e o portal Leia Já. Em nota, o PSB lamentou que se “dê guarida a um instituto que nunca acertou nada em Pernambuco” e acrescentou que o estudo “faz barulho em torno de intenção de voto espontânea, conceito que não tem nenhum significado, especialmente quando ainda falta tanto tempo para eleição”.
Ainda de acordo com a nota do PSB, o partido tem pesquisas que mostram o “claro reconhecimento da população ao trabalho feito pelo governador Paulo Câmara para vencer a conjuntura adversa”. O comunicado diz também que “as dificuldades que estamos passando foram criadas por políticas equivocadas dos governos do PT, do qual Armando participou”. A frase se refere ao senador Armando Monteiro Neto (PTB), que ocupou o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no segundo governo de Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment. O senador trabalhista também disputou a última eleição para o chefe do executivo em 2014, concorrendo com Paulo Câmara.
Por sua vez, o presidente estadual do PTB, José Humberto Cavalcanti, criticou, também em nota, a postura do PSB de desqualificar o Instituto de Pesquisa Uninassau. “O PSB insiste em terceirizar o fracasso da gestão sem conseguir explicar os péssimos índices de segurança pública, o caos na saúde e a paralisação de diversas obras que agravam o desemprego em Pernambuco”.
O Estado e o País estão passando por uma das maiores crises econômicas da sua história. Os entrevistados da pesquisa do Uninassau apontaram como principais problemas de Pernambuco a violência (para 41,3%) e o desemprego (21,1%). O Estado apresenta números alarmantes na área de segurança pública. No final do ano passado, a Polícia Militar fez uma operação padrão, aumentando o clima de insegurança. Nos dois primeiros meses deste ano, foram registrados 977 homicídios. Também aconteceram 513 assaltos a ônibus entre 1º de janeiro e 14 de fevereiro últimos.
O estranhamento entre os dois grupos políticos também é um demonstrativo de que a campanha para o governo de Pernambuco já começou.