Luciano Duque denuncia sucateamento do IPA

“O Instituto enfrenta anos de abandono. Atualmente, os escritórios não têm sequer material de expediente e de limpeza, isso em todo o estado”, disse o deputado

O deputado estadual Luciano Duque usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta terça-feira (20), para denunciar o estado de sucateamento do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). O órgão, que foi criado para atuar de modo integrado na geração de tecnologia, assistência técnica e extensão rural e no fortalecimento da infraestrutura hídrica, com atenção prioritária aos agricultores de base familiar, encontra-se agonizando.

“O Instituto enfrenta anos de abandono. Atualmente, os escritórios não têm sequer material de expediente e de limpeza, isso em todo o estado”, disse o deputado. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Agricultura e Meio Ambiente de Pernambuco (Sintape), desde agosto do ano passado, não existe investimento para custeio do IPA, “os servidores trabalham sem estímulo porque o cenário é de destruição lenta e gradual de um órgão que é vital para a economia pernambucana”, explica o presidente do Sintape, Antônio Angelim.

Ainda segundo Angelim, desde agosto do ano passado, não existe custeio para ações efetivas de extensão rural e pesquisa. É realizada apenas uma manutenção limitada na estrutura precária das unidades. “A unidade de pesquisa de Serra Talhada, por exemplo, está praticamente com suas terras invadidas por outros animais, atrapalhando o melhoramento genético do rebanho”, disse. Apesar do desmantelamento da instituição, a divisão do IPA no municipio gerou uma receita líquida, no ano passado, de meio milhão de reais.

A situação tem deixado os funcionários do órgão desestimulados e desacreditados de ter novamente um serviço de pesquisa e extensão forte, como no passado. “O IPA foi abandonado no passado e continua esquecido pelo atual Governo do Estado. A situação que já era gravíssima agora está insustentável. A governadora ainda não nomeou a maioria dos seus gestores, como também não liberou recursos para colocar suas unidades para funcionar. Seque apresentou uma proposta para a restauração do órgão”, cobrou o deputado.

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