Sobe para 190 número de supostas vítimas de agulhadas no carnaval do Recife

Continua a crescer o número de casos de foliões supostamente atingidos por agulhadas durante o carnaval do Recife e de Olinda. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, até a manhã desta sexta-feira (8), 190 pessoas procuraram atendimento após alegarem ter sofrido ataques. Todos eles foram atendidos no Hospital Correia Picanço, na Tamarineira. Após passarem por uma triagem, 140 tiveram indicação para fazer o tratamento padrão para casos de acidentes com materiais biológicos: a profilaxia pós-exposição (PeP), usada na prevenção da infecção pelo HIV.

Todos foram liberados após avaliação médica, orientados para fazer uso da medicação profilática diariamente e para retornar ao serviço após 30 dias, tempo para conclusão do tratamento. O restante se recusou a fazer o teste rápido (pré-requisito para o uso da medicação), ou já tinha passado da janela de 72 horas preconizadas para início do tratamento. Eles serão acompanhados no Correia Picanço para monitorar possíveis infecções. A SES ressalta que os índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são considerados baixos, em média 0,3%.

Um retrato falado do suspeito pelos ataque com agulhas ocorridos em focos de folia durante o carnaval do Recife e de Olinda foi divulgado pela Polícia Civil de Pernambuco na manhã desta sexta-feira. A imagem foi elaborada por peritos especializados da instituição com a ajuda de uma das mais de 100 vítimas feridas por objetos perfurantes enquanto se divertiam nos polos carnavalescos.

De acordo com o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, a expectativa é de que a disseminação da imagem facilite a identificação do suspeito. “Agora temos um rosto e contamos com a colaboração da população para chegar ao autor do crime”, espera ele. Joselito, porém, também pede uma engajamento maior por parte das vítimas para ajudar a polícia a elucidar o caso. “Das mais de 100 pessoas que procuraram atendimento médico, somente cinco registraram queixa e apenas uma afirma ter visto o suspeito e conseguiu descrevê-lo”, explica.

Não está descartado o envolvimento de mais de uma pessoa nos crimes, por isso a necessidade de as vítimas prestarem queixas e relatarem os casos. Para incentivar a formalização de boletins de ocorrência, a Polícia Civil instalou uma delegacia volante no Hospital Correia Picanço, no Recife, centro de referência para o atendimento das vítimas das agulhadas. Incidentes similares foram registrados também durante a festa de Momo em Caicó, no Rio Grande do Norte, e em Campina Grande, na Paraíba, durante o São João de 2018.

Imagem foi elaborada por peritos especializados da Polícia Civil com a ajuda de uma das mais de 100 vítimas dos ataques. Foto: Polícia Civil/Reprodução

Imagem foi elaborada por peritos especializados da Polícia Civil com a ajuda de uma das mais de 100 vítimas dos ataques. Foto: Polícia Civil/Reprodução

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