Até agora, ninguém da família esteve no local para reconhecer os corpos. Familiares de São Paulo alegaram dificuldades financeiras para virem a Recife
Os corpos das vítimas do feminicídio registrado em Custódia seguem no IML Recife, quase uma semana depois do crime que abalou o estado e o país.
Na madrugada do dia 14, Rosildo Gonçalo da Silva matou esposa, duas filhas, tocou fogo nos corpos e destruiu a casa, na comunidade Santana, zona rural do município.
As vítimas foram identificadas como Rosângela Rodrigues da Silva, de 39 anos, Amariles Rodrigues da Silva e Maiara Rodrigues da Silva. As meninas tinham entre 13 e 15 anos. O outro filho do casal, de 11 anos, foi o único sobrevivente da chacina.
O criminoso foi morto na última sexta, após cercado e em suposto confronto com os policiais.
Mas o drama não acabou. Com os únicos familiares com situação de dificuldade morando em São Paulo e sem condições de vir a Custódia, os corpos das vítimas seguem no Instituto de Medicina Legal em Recife.
Na última quinta-feira, o blog manteve contato com o prefeito Manuca Fernandes. Ele garantiu que a assistência social do município localizaria familiares. O principal contato é de uma irmã, Jéssica Rodrigues.
Até semana passada, ela informava não ter condições de vir a Custódia. A vinda é fundamental por dois motivos: primeiro, pela necessidade legal. Segundo, pelo fato de que, dada a situação dos corpos, é necessária a realização de exames de DNA para o processo científico de identificação.
Em resumo, um crime cujo drama e sofrimento para familiares das vítimas ainda não acabou.
Nill Júnior