PREPARE O BOLSO: não é mentira, abril de aumentos para o consumidor

Vai ser preciso ter jogo de cintura e muito planejamento financeiro neste mês para não embolar ainda mais o orçamento familiar que já deve estar bem apertado. Os consumidores pernambucanos vão se deparar com três aumentos em abril: o dos remédios, o da tarifa da Celpe, no próximo dia 29, e, ainda, o do adicional da bandeira tarifária vermelha que virá na conta de luz.

Ontem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou que, durante estes próximos 30 dias, os consumidores de energia elétrica do País vão pagar R$ 3 a mais para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Esse é o menor patamar para a bandeira vermelha, que é usada quando é preciso acionar usinas termelétricas mais caras, por causa da falta de chuvas.

É a primeira vez neste ano que a bandeira vermelha é ativada. Em março, as contas de energia trouxeram a bandeira tarifária amarela, com cobrança adicional de R$ 2 para cada 100 kWh e, anteriormente, a bandeira era a verde, sem custo extra para o consumidor.

Segundo a Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o uso consciente. As cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade.

O sistema foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração.

Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no País. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas.

No próximo dia 25, a Aneel realiza audiência para definir o reajuste tarifário da Celpe. Inicialmente, a agência reguladora propôs um aumento de 2,35% na faixa de consumo residencial pernambucana. Já para o setor industrial, a proposta é de que haja uma redução de 1,28% na tarifa.

O aumento deste ano é uma revisão tarifária que, além da reposição da inflação, inclui a remuneração dos investimentos feitos pela distribuidora, a produtividade, entre outros. O reajuste entrará em vigor no dia 29.

Segundo a Aneel, os custos de transmissão foram os que mais contribuíram para a alta da revisão. Eles apresentaram uma variação de 149,24% e tiveram uma participação de 3,94% no atual percentual.

decorrência da Lei 12.783 de 2013, a antiga Medida Provisória 579, lançada pela ex-presidente Dilma Rousseff, em 2012, com a finalidade de reduzir em 20% a conta de luz dos brasileiros, o que não ocorreu.

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