Governo anunciará plano para reduzir preços de gás de cozinha e energia

A equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro está em vias de anunciar nos próximos dias um plano para reduzir o custo da energia no Brasil e, consequentemente, deixar mais barato o gás de cozinha e os insumos para a indústria.

Intitulado pelo ministro Paulo Guedes de “choque de energia barata”, o projeto é elaborado pelos ministérios de Economia e Minas e Energia.

Segundo uma reportagem do jornal O Globo, o plano prevê três frentes para dar mais eficiência ao setor. São ações que envolvem a venda de distribuidoras estaduais de gás, o fim do monopólio da Petrobras no setor e nova regras regulatórias por meio da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Guedes, durante a 22ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, afirmou entender que o monopólio da Petrobras no refino do gás torna o preço do produto mais caro no Brasil e ainda apontou que a solução para a falta de recursos vem do petróleo, da exploração da camada do pré-sal.

A avaliação é que a quebra do monopólio deve atrair novos players para o mercado, o que trará mais investimentos para o Brasil.

O foco nessa exploração de petróleo, segundo ele, vem para criar um “novo mercado de gás”. Também haveria uma nova regulamentação para que as unidades da Federação com distribuidoras locais permitam o acesso de terceiros aos gasodutos – hoje restrito – a fim de que consumidores possam comprar de qualquer distribuidor.

O projeto prevê também uma ajuda financeira aos estados, em troca de apoio à privatização das empresas estaduais de gás, além de um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para rever multas aplicadas à Petrobrás.

A expectativa do governo é que as medidas impactem o preço do gás de cozinha, a indústria e também a produção de energia elétrica, já que há usinas térmicas que usam gás natural como combustível.

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