Caixa Econômica poderá fechar até 120 agências em 2017 diz presidente da instituição

A Caixa Econômica Federal anunciou que cerca de 100 a 120 agências deficitárias passarão por uma intervenção neste ano. As opções para essa medida são fechamento, fusão, diminuição de estrutura ou remanejamento para outro local. A informação foi concedida pelo presidente da instituição, Gilberto Occhi, nesta terça-feira (28), durante o informe de resultados da empresa referente ao exercício de 2016.

Segundo ele, essa ingerência será efetivada assim que o processo de demissões voluntárias for encerrado. A Caixa estima adesão de 5 mil funcionários ao Programa, o que vai representar uma economia estimada em R$ 975 milhões ao ano após o payback, ou seja, descontado as despesas com as demissões. Além disso, a empresa recorreu judicialmente contra a convocação de dois mil aprovados em concursos públicos, segundo o vice-presidente de Gestão de Pessoas, Marcos Jacinto.

De acordo com Occhi, não faz parte dos planos da Caixa qualquer venda de ativos.

“O foco do banco é melhorar a eficiência reduzindo as despesas. Com o avanço das receitas e o controle das despesas, os índices de cobertura de pessoal e administrativas continuaram a apresentar melhoria e aumentaram, respectivamente, 1,9 p.p. e 1,4 p.p. em 12 meses, chegando a 106,7% e 67,6%”, afirmou.

Ainda segundo ele, a instituição teve um crescimento exponencial depois de 2010, com a abertura de novas agências – o crescimento foi de 2.300 para 4 mil unidades no país.

“Tomou-se a decisão de ir para o mercado e abrir novas agências. A Caixa se expandiu no mercado de crédito pois havia demanda. Mas esse cenário mudou e o que buscamos agora é a eficiência nas operações”, declarou Occhi. A mudança no mix das receitas do banco, que deixaram de majoritariamente ser representadas por habitação, é um dos principais ajustes realizados para alcançar melhorias na rentabilidade da empresa.

“Tínhamos participação de quase 70% das receitas compostas por imobiliário Com a maior presença em outros segmentos, houve mudança razoável, para 77% composta por habitação, consignado e crédito para a infraestrutura”, afirmou o presidente.

Occhi reiterou várias vezes que não há intenção do banco de recorrer a um aporte do Tesouro para levar o banco a uma melhor condição de capital, rentabilidade ou eficiência.

“Existe um novo momento na Caixa, acrescentou. Nosso índice de inadimplência já é menor do que 2016, o resultado operacional é melhor do que 2016 e o nosso esforço na redução de despesas é feito de modo consistente para preservar a visão do empregado da Caixa”, disse ainda.

O executivo destacou ainda que o banco tem recursos disponíveis, a partir do melhor uso do capital, para investimentos na área de governo e habitação, que são as duas áreas que terão retomadas econômicas este ano.

O banco destaca que o índice da eficiência operacional teve melhora de 1,6 ponto porcentual no ano, para 52,1% ao final de dezembro, considerado o melhor índice dos últimos dez anos.

“O crescimento do resultado operacional, a redução da inadimplência e o controle de gastos da Caixa em 2016 são indicativos claros de que o banco está trilhando com firmeza o caminho da melhoria da eficiência”, ressaltou Gilberto Occhi.

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